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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Próxima Viagem

Próximo destino: Gurupi, Tocantins

Minha próxima, e mais longa até agora, viagem será pra Gurupi, no Tocantins. A história toda remete a um tempo muito longínquo, quando era estudante do 2° ano do 2° grau (essa história de Ensino Médio pra mim é ensino marromenos). A turma 38 do Colégio Franciscano Sant´Anna me recebeu muito bem, eu que era transferido de outra escola. Fiz ali amigos pra vida inteira, André Soriano, Douglas Flores, Marcelo Dalla Lana, Márcio Bernardes, Mauricio Maronez, Everton Lima, Vivian Alves, Luciana, Alessandra Zambenedetti, Ingrid Pires, Carla Giotto, entre muitos outros. Tínhamos professores maravilhosos, Adilção de matemática, Sílvia Buss de Biologia. E o lendário professor Getúlio Dutra de Química. Nos formamos no final de 1992, e o terceiro ano foi marcado além da formatura por novos amigos (Caio Balbinot, Fabrício Tatsch) e pelas passeatas pelo Impeachment do Collor. Nós, muito manipulados pela mídia e na empolgação de participar daquele momento histórico, estávamos em todas.
Mas era a primeira turma de 2° grau da Escola, e as "irmãs" que dirigiam o colégio queriam o melhor desempenho no Vestibular da Universidade Federal de Santa Maria. Bem, fizeram um 7° lugar em Medicina (eu, modéstia à parte) e muitas outras boas colocações em Odonto, Direito, Informática, etc...
Depois de quase 20 anos, começamos a nos reencontrar através do Facebook, colegas e professores da época. E apareceu uma história sobre uma rifa não paga cujo prêmio era uma ovelha, na época. A credora, uma das melhores amigas no colegial, o devedor, o Professor Getúlio, gaúcho dos quatro costados lá de São Borja, na barranca do Rio Uruguai.
E não é que descobri o taura ali em Gurupi? E combinamos então que iríamos fazer a tal da quitação da Rifa da Ovelha, a revelia da credora...
Quer motivo melhor pra fazer uma viagem de moto?
Pois é, estou me preparando pra ir a Gurupi no sábado dia 03-12, pela manhã bem cedinho. O trajeto é o seguinte:
Brasília - Águas Lindas de Goiás - Cocalzinho - Dois Irmãos - Barro Alto - Uruaçu - Porangatu - Alvorada -  Gurupi. Serão 587 km de viagem, quase dois tanques da Suzete. Bom, falo dois tanques porque a autonomia dela bate nos 350 km, as sempre é bom dar uma margem de segurança. É claro que vou levar um "litro de dois litros" de gasosa na mala, pra qualquer eventualidade, dá pra mais 30km...
Espera sair de Brasília lá pelas 6:30 da manhã, almoçar onde der vontade, e chegar em Gurupi no começo da tarde. Quem sabe chego até pro almoço?

Os itens que vou levar:
3 mudas de roupa, com camiseta, bermuda e calça, meias e cuecas, tudo embaladinho num saco impermeável.
Graxa em spray.
GPS.
MP4 carregado.
Kit reparo de pneu.
gasosa reserva (2 litros)
Kit ferramentas.
Macaco pra moto (vou pegar do Mille emprestado, hehehe)
Documentos protegidos e dispersos na bagagem, corpo e moto.
Maquina fotográfica.
Pilhas reservas.

Bom, em breve se eu lembrar vai mais alguma coisa.

Nos vemos na estrada, e na volta muitas fotos da viagem.

Cristiano

domingo, 20 de novembro de 2011

Dando um trato na Suzete

Hoje, domingão, solzão, quentão, foi o dia pra dar um "trato" na Suzete. Hoje lembrei de passar o Filtro Solar primeiro, coisa que tinha me arrependido de não ter feito nas últimas vezes. Aí estão as fotos:
Primeiro, a água e o sabão. Depois, um produto pra "limpeza de pele".


Esse olhar chega a ser lascivo... Convida pra um passeio, não?

Depois, o resultado final:


Depois do banho, instalei um "mimo" muito útil na Suzete: Um GPS pra moto Orange 360M.



quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Longa Motoviagem

A Sensação de Liberdade, de encontro consigo mesmo, a concentração que você tem que colocar na estrada sem deixar de perder as paisagens ao seu redor, a Responsabilidade que você coloca sobre os seus ombros a respeito da sua vida, da sua condução, do ritmo em que está pilotando, de saber que tudo só depende de você, da sua força de vontade e do seu preparo, é o que realmente faz quem se aventura nessa Seara se apaixonar. Conhecer novas pessoas, estreitar laços com um ou mais companheiros de viagem fazem parte, é claro, de uma motoviagem. Mas o encontro maior é consigo mesmo. Porque acham que a maioria das motoviagens tem um destino particularmente exótico ou inalcançável? Porque a motoviagem antes de mais nada é uma Prova contra si mesmo, é um meio de provar quão resistente, quão resiliente, quanto autossuficiente você é. É um meio de abandonar completamente a sua vida "normal", as suas habilidades como Médico, Advogado, Dentista, Engenheiro, Comerciante, Funcionário Público, e mostrar que você ainda tem nas veias sangue humano ancestral... Que você consegue fazer renascer dentro de você mesmo habilidades mais primitivas, de sobrevivência mesmo, mesmo que para isso você tenha que abrir mão de seu cartão de crédito. Outras pessoas fazem essas "viagens interiores" de outras maneiras, acampando, "mochilando", caçando, praticando vela, fazendo romarias ou o "Caminho de Santiago", mas sempre com o mesmo propósito: Provar a si mesmo que ainda existe VIDA dentro de Si.
E é com esse propósito que comecei a escrever esse blog, não é só porque estou apaixonado pela Suzete, mas a Suzete vai me acompanhar em algumas dessas viagens de "Descobrimento". Começamos tímidos, discretamente, mas agora no começo de Dezembro de 2011 vamos ir ao Tocantins. Tudo bem, são só 500km, mas será por uma estrada desconhecida, rumo a um destino desconhecido. Em breve, mais detalhes.

Nos vemos na estrada
Um abraço.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

10 desculpas esfarrapadas para não realizar uma longa motoviag

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Quantas vezes você, ilustre leitor e motociclista, já pensou ou já ouviu de amigos "explicações" para não empreender uma longa viagem de motocicleta? 

Os motociclistas experientes dizem que o momento mais apreensível de uma grande viagem de motocicleta é a partida, depois tudo é festa e complementam: o que mais frustra um motociclista de viagem é ver tolhido o sonho de realização.

RockRiders.com.br recebe diariamente dezenas de e-mails de motociclistas de tudo quanto é canto do Brasil. São mensagens das mais variadas, dentre elas, algumas com dúvidas e receios sobre longas moto viagens.

Inspirado nessas inúmeras mensagens, selecionei algumas "desculpas esfarrapadas" para não realizar uma grande motoviagem. Antes de mais nada, entendo como "grandes viagens de motocicleta", aquelas onde se cruzam vários estados, países ou continentes. Mas, você leitor e motociclista menos experiente, pode considerar uma "grande viagem" a sua primeira viagem de motocicleta, não importa para qual destino ou distância.

1) Eu não tenho tempo!

Ninguém tem tempo, o tempo não tem dono! Agora, se é um sonho seu realizar uma grande viagem de motocicleta, arrume tempo! Se organize, dê prioridades na sua vida e parta para sua motoviagem. Caso contrário será um motociclista frustrado.

2) Eu não tenho companhia!

E quem disse que é preciso companhia para você viajar de moto? Você sabe pilotar, tem a moto, tem os equipamentos necessários e tem a grana? Então parta amigo e tenha certeza que no trajeto você conhecerá inúmeras pessoas.

3) Estou sem grana!

Bom, ai você precisa economizar. Por exemplo, ao invés de comprar um capacete de R$ 2000, compre um de R$ 500. Se você tem o sonho de empreender uma longa motoviagem, vai conseguir o dinheiro necessário!

4) Não sei por onde começar?

Como é que é amigo? Comece acessando os sites http://maps.google.com.br ou http://www.ruta0.com e trace seu destino. Sem contar, com os inúmeros bons sites sobre viagens de moto, como esse que você está agora! Rotaway.com.br, Pisteiros.com.br, DiariodeMotocicleta.com.br, Viagemdemoto.com, PortalMotoAtacama.com.br...

5) Minha namorada (namorado), esposa (marido) não deixa!

Já pensou em trocar de namorada (namorado) ou de esposa (marido)? Bom, essa não é a melhor solução? Então, chame seu par para uma conversa séria. Diga a ela (ele): amor é o seguinte... eu preciso realizar esse sonho, quero muito isso, faz um tempão que penso sobre isso. Por favor amor, deixa vai! Prometo que te trarei um presente especial da viagem (nem que seja uma foto de uma paisagem linda... ai você entrega ao seu par e diz: amor, quando tirei essa foto estava pensando em você e morrendo de saudade...). Ou quem sabe você consegue convencer a pessoa amada de ir junto com você?

6) Estou muito fora de forma!

Mas e a sua moto, está ok, revisões em dia, pneus novos e tal? Então fique tranqüilo(a), você vai ver tantas paisagens e viver tantos momentos incríveis em sua motoviagem, que vai entrar em forma durante sua realização!

7) Preciso da moto ideal?

Como assim moto ideal? A moto ideal é a que você tem na sua garagem! Aqui no RockRiders.com.br tem entrevista com motociclista que com uma moto da marca Traxx (chinesa) de 110cc, fez uma viagem de Teresópolis/RJ até o Alasca e de lá voltou para sua cidade.

8) Acho tudo muito perigoso.

Se você pilotar com responsabilidade, concentração, utilizar os equipamentos de segurança necessários e estiver com a moto em dia, empreender uma longa viagem é tão perigoso quanto você atravessar a rua para ir a padaria comprar pão. O amanhã ao Criador pertence amigo.

9) Tenho preguiça!

Ah... entendi! Eu também tenho amigo(a), todo mundo tem. Uns mais outros menos. Agora, preguiça para realizar uma grande viagem de motocicleta??? Nesse caso é preciso que você busque ajuda de um terapeuta.

10) Vou esperar mais um pouco, acho que o momento certo não é agora!

O momento certo amigo(a) é aquele que o seu coração diz: quero muito viajar de moto, ir para um lugar distante, desconhecido por mim, fazer amizade com o céu, com a natureza, com as pessoas que irei conhecer no caminho. Puxa vida... como quero, isso me fará um bem danado. O momento certo é esse amigo(a). Viva o agora!

Boa motoviagem!!

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"Me diverti redigindo esse texto, espero que você, ao ler tenha feito o mesmo! E lembre-se: viajar de moto, antes de qualquer coisa, é prazer, emoção e diversão. Forte MotoAbraço". 

"A vida sem a realização de sonhos é como um pássaro com as asas quebradas"

Fonte: Texto por Policarpo Jr
RockRiders.com.br

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Pensamento

"Não tento explicar às pessoas porque é que viajo de moto.
Para os que compreendem, nenhuma explicação é necessária!
Para os que não compreendem nenhuma explicação é possivel."

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Viagem rápida a Goiânia - Ida e Volta sem sair de cima

Sou coordenador médico de uma empresa de Home Care aqui em Brasília. Somos como um hospital, mas nossos pacientes estão "descentralizados"em seus domicílios. Captamos um paciente em Goiânia, uma criança, mas com poucas semanas de internação o pediatra responsável localmente pelo paciente não pode mais continuar assistindo-o. Coube então a mim a tarefa de visitar a criança, saindo de Brasília regularmente a fim de manter a assistência médica. Fui uma vez de Mille, uma vez de Azera com minha esposa, aproveitando é claro pra fazer um pouco de turismo e compras na linda capital goiana, e até fui sozinho de Azera com meu filho mais velho, teto solar aberto e tudo... Muito bom, muito confortável, mas não era apaixonante. A Suzete queria ir junto!!! Mas nessa época de chuvas no Cerrado, não é muito simples ir de moto, né?
Mas no dia cabalístico de 11-11-11, a oportunidade aconteceu!!! Consegui manter contato com um novo médico em Goiânia que aceitou cuidar do nosso paciente, e tinha que encontrá-lo até as 15:30, e já eram mais de 13hs!!! Como fazer 200km até Aparecida de Goiânia em pouco mais de 2 horas? Com a Suzete!!!!
Coloquei os bauletos laterais na minha moto, carreguei com os materiais e medicações que tinha que levar, pedi a "bênção" pra Clarice e... enfim sós!!! Eu e a Suzete!!!
Saímos de Brasília lá pelas 14 hs, dois bauletos laterais mais o de garupa. A Suzete tava com um traseirão... Hum, coisa linda...
De Brasília a Goiânia pela Br-060, toda duplicada, mas na saída de um feriadão, com muito tráfego. A Suzete ia se comportando muito bem, me levando por entre os carros, acelerando, fazendo o vento zunir no meu capacete. Passamos por Anápolis, chegamos em Goiânia perto das 15:30, a tempo de passar o paciente para o seu novo médico e entregar o kit de material. Enquanto eu me entendia com o colega, Suzete ficava na sombra tomando fôlego:
Depois de tudo resolvido, a volta foi só curtição. Primeiro, uma paradinha pra tomar um guaraná, a Suzete ficou olhando o movimento pertinho de onde ela mais gosta de estar: a estrada.

Em Anápolis, a Suzete parou pra dar uma visitinha na família e eu comprei pra ela uma graxa em Spray, porque na pressa de sair tinha esquecido a dela no armário da garagem... Mulheres adoram um cosmético, não é mesmo?

E pertinho das 19 horas, a divisa do DF com Goiás, a primeira e mais fácil divisa interestadual pra gente... Não dá pra ser feliz só dentro desse nosso quadradinho, ainda mais com uma máquina dessas, não é mesmo?

Amor à primeira vista

Já conhecia algumas "garotas" da família dela, por ler e acompanhar outros relatos de apaixonados, como doisemduas.blogspot.com e daquintapranove.blogspot.com , onde as "meninas" da família V-Strom mostram suas melhores performances. Vi ela pessoalmente pela primeira vez na Motoshow Suzuki em Brasília, mais precisamente no Sudoeste, numa linda e ensolarada manhã de sábado. Ela estava brilhante, com todos os seus acessórios reluzindo ao sol. Uma V-Strom preta, 2007, DL 1000, com seus olhos de gata, me conquistou instantaneamente. Estava com meus dois filhos, mas eles ingenuamente gostaram mais de uma Scooter amarela. Mas a nossa relação já havia começado, então "pedi a mão" pro vendedor, negociamos, e em menos de uma semana ela esta comigo, e eu "em cima dela". Tá bom, não foi assim um amor muito conservador, logo fomos pros finalmentes.
Nos primeiros passeios juntos, todo um universo de descobertas... Afinal, nunca havia tido uma moto com tanta potência, com tanta presença, com tantas curvas. E como ela é boa de curva, apesar da altura...
Poucos dias depois de atarmos o namoro, já a chamava de Suzete. Nome carinhoso, de mulher, pra qualificar aquela "macchina", derivando da família Suzuki. Carinha de oriental, com olhos felinos puxados, mas com uma volúpia de comer asfalto bem brasileira... Apetite insaciável...
E então a Suzete decidiu testar o meu amor...Como dizemos lá no Sul, me deu um "pialo"... Nos esborrachamos, mas juntinhos... Ficaram uma clavícula e duas costelas quebradas, e um amor mais forte ainda...
No começo, a cada passeio pelas avenidas largas e pelas estradas do Distrito Federal, apareciam as minhas limitações: não dava conta daquela máquina toda... Doía aqui, doía ali, mas saía satisfeito. E a Suzete também...
Devagarzinho, fomos aumentando o "fogo" que nos unia, viagens um pouco mais longas. Se no começo ir de Águas Claras ao Colorado era divertido, comecei a esticar um pouco mais. Tentei um Mènage com a Suzete, eu e minha esposa, mas acho que uma tem ciúmes da outra... Elas até convivem, mas não fazem uma o estilo da outra...
Comecei a esticar pra Luziânia, Salto Corumbá, Pirenópolis. Até tentei um "swing" com um colega médico e sua Harley, mas fiquei com muitos ciúmes.
Hoje, estiquei com a Suzete até Goiânia, batidão ida e volta sem tirar de cima, ou sair de dentro, ou sei lá.... No próximo post mais um pouco desse louco caso de paixão de um médico por sua V-Strom 1000 cc.